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27% dos brasileiros já “emprestaram” o nome de terceiros

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Entre os comportamentos financeiros, existe uma prática que coloca em xeque a responsabilidade e a confiança dos brasileiros: a prática de “emprestar o nome”. Basicamente, é permitir que terceiros, sejam amigos ou familiares, realizem desde compras a empréstimos em seu lugar. No Brasil, 27% dos consumidores emprestaram o nome de outras pessoas em 12 meses. Os dados são de uma pesquisa feita pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em parceria com a Offerwise Pesquisas.

O que motiva o empréstimo do nome?

A compra em nome de terceiros tem como principal motivação a não aprovação de crédito, representando 25% das justificativas. Em seguida, o estudo mostrou que 20% das compras ocorrem devido ao estouro no limite do próprio cartão de crédito e/ou cheque especial. Nesses casos, houve uma queda de 10 pontos percentuais em comparação a 2022. Além disso, 19% dos ouvidos pelo estudo afirmaram nunca ter tentado acesso ao crédito, e por isso usam o nome de terceiros.

Os cônjuges são as pessoas mais recorridas quando a opção é “pedir o nome emprestado” para uma compra (26%). Em seguida, aparecem os pais (22%) e os irmãos (19%). Mas, para que o empréstimo acontecesse, alguns argumentos são usados pelos solicitantes, entre eles a necessidade de quitar uma dívida aparece como fator preponderante (20%). Já 16% disseram ter a intenção de ir ao supermercado, enquanto 13% mencionaram a urgência de adquirir roupas, calçados e acessórios. Outros 13% justificaram como uma forma de custear despesas médicas, como consultas e medicamentos. Além disso, 13% revelaram pedir empréstimos para atender às necessidades dos filhos.

O que é comprado com o crédito de terceiros?

Entre os produtos mais comprados por consumidores ao utilizar o crédito de terceiros, as roupas, calçados e acessórios ocupam o primeiro lugar na pesquisa (26,8%). Em seguida, vem as compras de alimentos para casa, feitas no supermercado (21,3%). A aquisição de eletrônicos, (celular, TV, aparelho de som, computador, tablet, notebook, entre outros) também é uma motivação para 20,7% daqueles que pedem o crédito emprestado para outras pessoas. Em 2023, as pessoas ainda emprestaram o nome para que outras pudessem consumir em bares e restaurantes (9,3%), e para idas ao salão de beleza ou para fazer tratamentos estéticos (8,2%).

Por outro lado, uma maioria expressiva de 62% não encontrou objeções ou contratempos ao adotar essa prática. Essa disparidade de experiências sugere que, embora uma parcela significativa de consumidores tenha enfrentado complicações ao utilizar o nome de terceiros para efetuar compras, uma maioria expressiva conseguiu contornar esses desafios ou não os experimentou. Ou seja, os resultados evidenciam uma variedade de contextos e percepções dentro dos comércios relacionadas a essa prática.

Entre os brasileiros que emprestaram o nome de terceiros, todos pagaram?

Se emprestar o nome para terceiros é uma prática financeira que reflete a solidariedade e a confiança entre indivíduos, pagar as dívidas feitas com o crédito de outra pessoa requer comprometimento, seja um amigo ou familiar. De acordo com o estudo, 86% dos entrevistados que usaram o crédito de outros consumidores arcaram ou têm arcado com os valores das compras feitas, seja no cartão de crédito (66,2%), os empréstimos (10,7%) ou as aquisições crediário (9,6%).





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