Pesquisa revela que 64,9% dos entrevistados pela Fecomércio pretendem comprar produtos de vários setores do comércio
O consumidor da capital mineira está animado com o Natal. É o que mostra levantamento sobre a intenção de consumo feito pelo Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), divulgado ontem.
A pesquisa revela que 64,9% dos entrevistados pela entidade estão otimistas com a data e pretendem comprar produtos de vários setores do comércio, tais como roupas (32,4%), brinquedos (18,9%), calçados (14,6%), perfumaria (9,2%), entre outros.
A economista da entidade, Gabriela Martins, explica que a sinalização positiva de compras do consumidor de Belo Horizonte para o Natal tem relação com a confiança no emprego, visto que 76,5% das pessoas que possuem trabalho remunerado estão confiantes que permanecerão empregadas no próximo ano.
“Essa confiança se traduz na certeza de renda futura o que permite uma expansão do consumo, seja pelo pagamento à vista, seja pela utilização do crédito”, observa.
Além disso, a expectativa das compras vai ao encontro de outros fatores positivos, como maior disponibilidade de renda, influenciada pelo pagamento do 13º salário, que este ano deverá ser destinado principalmente para quitar dívidas (35,8%), seguido pelos gastos com compras de Natal (29,9%).
A aplicação do dinheiro ou mesmo guardar o recurso na poupança foi mencionado por 23,9% e o uso do abono natalino para o pagamento dos compromissos típicos de janeiro do próximo ano foi destacado por 11,2% dos entrevistados pela entidade.
Gabriela Martins destaca que o comportamento do consumidor com relação ao uso do 13° tem impactos positivos na inadimplência, assegurando uma boa saúde financeira e o acesso ao crédito futuro. “O gasto direto nas compras, por sua vez, é capaz de injetar de maneira direta recursos na economia, aumentando as vendas do comércio”, analisa.
Além do impacto das variáveis macroeconômicas, a especialista observa que o valor afetivo da data pode estar atrelado aos gastos do período, visto que, boa parte dos que irão presentear vai contemplar amigos e familiares.
Valor
Em 2023, 50,4% dos entrevistados que irão presentear pretendem gastar um pouco mais com os presentes de Natal se comparado com o mesmo período do ano passado.
A pesquisa da Fecomércio MG mostra que, em média, cada pessoa deverá comprar quatro presentes. No total, o gasto médio deverá ser de R$ 423,06. Os consumidores pretendem comprar poucos produtos de maior valor (37,8%), sendo que, 26,7% pretendem gastar entre R$ 200 e R$ 300 por produto.
Pagamento da segunda parcela do 13º deve intensificar negócios
A maior movimentação na comercialização voltada para o Natal deve acontecer durante a segunda quinzena de dezembro e para 56,9% dos que irão presentear, as compras deverão ser feitas de maneira a aproveitar as promoções do varejo. É o que também revela o levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), divulgado ontem.
O maior fluxo de vendas nesse período pode estar atrelado à disponibilidade de renda oriunda da segunda parcela do 13º salário, que deverá ser depositada aos trabalhadores até o dia 20 de dezembro.
A pesquisa também mostra que, entre as opções de pagamentos do consumidor de Belo Horizonte para o Natal, o débito se destaca e deve ser utilizado por 31,9% do grupo entrevistado e, em seguida, está o uso do cartão de crédito parcelado (29,6%).
Apesar das expectativas positivas, a economista Gabriela Martins observa que alguns fatores podem influenciar negativamente os gastos no período. Entre eles está o preço alto dos produtos (55,7%), além do endividamento (6,6%) e o desemprego (2,5%).
Além disso, as vendas podem ser desestimuladas pelas lojas cheias (25,8%), pelo mau atendimento (21,3%) e pela pouca variedade de produtos (8,4%).
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