Altas temperaturas aumentaram mais de 16% o consumo de energia elétrica no país nos primeiros quatorze dias de novembro no comparativo com o mesmo período do ano passado, conforme o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Com o aumento da temperatura nos últimos dias no Ceará e em diversos estados do país, os consumidores têm recorrido cada vez mais ao ar-condicionado para amenizar o calor. Entretanto, o acionamento desse aparelho pode pesar no bolso dos cearenses no final do mês.
Para se ter uma ideia, deixar um ar-condicionado de 9000 BTUs ligado por seis horas diárias pode resultar em um acréscimo significativo de cerca de R$100,00 na conta de energia. Esse custo adicional tem levado muitas pessoas a hesitar no uso desse aparelho, impactando diretamente no bem-estar durante os dias mais quentes.
No entanto, uma alternativa sustentável surge como solução para aliviar esse peso financeiro: o aluguel de usinas solares. Ao optar por essa modalidade, é possível não apenas reduzir, mas até mesmo anular os custos adicionais associados ao uso prolongado do ar-condicionado.
Um exemplo prático: se alguém já paga R$700 por mês de conta de energia, a inclusão de um ar-condicionado não representaria um aumento no orçamento mensal. Isso se deve ao fato de que o aluguel de um parque solar pode gerar uma economia suficiente para equilibrar o aumento no consumo de energia.
Em casos onde a conta de energia mensal é de R$350, o impacto financeiro do ar-condicionado seria reduzido para apenas R$43,00 em comparação com os R$100 originalmente previstos. Para muitos, essa diferença pode ser determinante na decisão de investir no conforto proporcionado pelo ar-condicionado.
O serviço funciona da seguinte forma: o consumidor paga pelo aluguel das placas fotovoltaicas de uma usina geradora de energia solar, e em troca ele recebe créditos que abaterão a fatura mensal de energia. O valor cobrado da assinatura se torna mais barato do que a tarifa tradicional de energia, proporcionando assim aos usuários finais uma opção mais acessível.
O gerente comercial, Marcus Albuquerque, decidiu apostar nessa modalidade diante do aumento de temperatura, como também pelo preço da energia elétrica. _“Escolhi a energia solar por assinatura, pois moro em apartamento e não daria certo a instalação das placas de forma individual. O alto custo de energia elétrica, principalmente por conta do clima quente que estamos vivendo na cidade, me fez tomar essa decisão. Eu estava com vontade de colocar ar-condicionado em casa, por isso esse formato foi a melhor opção para a conta de energia não ficar tão alta”_, explica Marcus.
Segundo o especialista em energia solar, Lucas Melo, o percentual de economia vai depender da demanda de consumo de cada cliente. _“Essa nova modalidade vale a pena para aqueles consumidores que pagam a partir de R$350,00 mensais na fatura de energia da concessionária. Outro destaque é que o cliente não tem que pagar para a aquisição de nenhum equipamento. O que é formalizado é um contrato de prestação de serviço entre a empresa que possui a usina geradora de energia e o cliente. Se surgir alguma necessidade de manutenção nas placas solares esse custo é da empresa e não do cliente”_, explica o especialista.
A utilização do serviço pode ser feita em residências, indústrias, comércios, restaurantes, hotéis, dentre outros empreendimentos. O especialista em energia solar ressalta ainda que a economia média fica entre 15% a 20% por mês. _“Anualmente, isso pode significar a redução de duas faturas de energia, mas pode variar dependendo do consumo de cada imóvel”_, destaca Melo.
Lucas ressalta ainda que houve uma redução no preço dos materiais para a geração de energia solar, tornando o investimento mais atraente para o consumidor final. _“O frete marítimo se regularizou mais. O preço dos insumos na China, de onde a maioria dos materiais vêm, reduziu também”_, conclui.
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