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Amil: mudanças não devem ser rápidas | Míriam Leitão

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Negociações para a venda da Amil estão na reta final Reprodução

“Um transatlântico não muda de direção em 180 graus de um dia para o outro”, diz um executivo do setor ao falar sobre a negociação da Amil. Qualquer que seja o novo comprador, fontes internas da operadora de planos de saúde estimam que serão necessários, ao menos, seis meses para que tome pé da situação e possa implementar um novo plano de gestão. Por isso, não são esperadas mudanças nem internas nem para o consumidor no curto e no médio prazo.

– É claro que quem está comprando tem um plano para reverter os resultados negativos da companhia, mas isso não será feito do dia para a noite. No curto prazo não vemos impacto nem para a operação, nem para o consumidor – diz uma fonte interna da Amil.

A advogada Marina Paulelli, do programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), diz que embora as empresas sempre digam que não haverá mudanças nos planos de saúde para o consumidor, na prática não é isso que se vê olhando o histórico das negociações do setor:

– Em todas as grandes negociações de carteira é frequente surgirem relatos de mudanças de rede, entraves ao acesso à assistência e dificuldade no atendimento ao consumidor que nessa fase vive um grande estresse, principalmente, aqueles que estão em tratamentos e internados. É importante que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) esteja atenta para que nenhum direito do consumidor seja desrespeitado.



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