Sai ano, entra ano, e algumas coisas permanecem iguais. No Natal brasileiro, além do calor – intensificado pelo aquecimento global – os presentes mais populares são as roupas e calçados. Este é o quarto ano consecutivo que a categoria é a mais citada pelos consumidores que já fizeram as compras para as festividades, de acordo com pesquisa da consultoria Ipsos encomendada pelo Google Brasil.
Na comparação entre os resultados da pesquisa do ano passado para a deste, menos pessoas estão comprando presentes nas categorias favoritas. Embora o estudo não trace uma relação desses dados com o comportamento de consumo, duas hipóteses são levantadas neste cenário: ou o brasileiro está apenas comprando menos ou está diversificando mais suas escolhas de presentes.
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Apenas a categoria “brinquedos e games” cresceu em preferência entre os consumidores. Dos cinco grupos de presentes mais buscados para este Natal, a porcentagem dos brasileiros que comprou jogos eletrônicos e/ou brinquedos saltou de 40% para 44% entre 2022 e 2023.
Quais presentes os brasileiros mais compraram para este Natal?
Categoria | Posição | Porcentagem de escolha* | Diferença entre 2022 e 2023 (em pontos percentuais) |
Roupas e calçados | 1º | 57% | -2 |
Acessórios de moda | 2º | 50% | -2 |
Brinquedos e games | 3º | 44% | +4 |
Eletrônicos | 4º | 38% | -7 |
Eletroportáteis | 5º | 30% | -3 |
Outras categorias foram citadas pelos brasileiros na pesquisa deste ano, incluindo as de cosméticos, alimentos e smartphones, opções para quase um terço dos consumidores neste Natal.
Outras opções de presentes do Natal dos brasileiros
Categoria | Porcentagem de escolha* |
Cosméticos e cuidados pessoais | 28% |
Artigos para casa | 27% |
Alimentos | 26% |
Smartphones | 26% |
Itens sazonais | 25% |
Móveis e decoração | 20% |
Eletrodomésticos | 18% |
Artigos esportivos e fitness | 17% |
Mídia e entretenimento | 16% |
Joias | 15% |
Artigos e comida para pets | 13% |
Reforma da casa | 8% |
Outros dados da pesquisa indicam que os brasileiros também estão sendo mais racionais, tendência de comportamento que vem sendo apontada desde o ano passado. Essa tal racionalidade vem – além dos efeitos acumulados de inflação e juros altos – do hábito cada vez mais enraizado entre os consumidores daqui de anteciparem as pesquisas e até mesmo as compras dos presentes para a data.
Parece que a fama do brasileiro de deixar as compras de Natal para a última hora pode estar com seus dias contados.
Quase nove em cada dez consumidores entrevistados pela Ipsos disseram fazer pesquisas antes de sair às compras de Natal. Além disso, o brasileiro está mais atento às armadilhas das datas comerciais: 68% buscam preços e promoções on-line antes de fazer a compra.
Em relação ao valor dos presentes, 24% dos consumidores ouvidos para a pesquisa pretendem gastar até R$ 100 com cada presente de Natal neste ano.
“Como já vimos em outras grandes datas neste ano, os consumidores estão mais conscientes do seu orçamento e procurando por melhores ofertas, pesquisando mais e agindo de forma mais racional e menos impulsiva”, afirma Gleidys Salvanha, diretora de negócios para o varejo do Google Brasil. “Esta nova forma de consumir se aplica também à experimentação, já que metade das pessoas disse estar aberta a comprar de novas marcas e varejistas.”
Retorno às lojas físicas
Este é o primeiro ano após a pandemia que o brasileiro deve priorizar a compra na loja física ao on-line, de acordo com uma Google Survey realizada entre 8 e 10 de novembro. Os consumidores que pretendem ir até o comércio para garantir as compras de Natal já são maioria.
Dos 30% que pretendem comprar presentes de Natal, 51% optam pelas lojas físicas – um aumento de sete pontos percentuais na comparação ao ano passado. Outros 19% pretendem comprar pelo site da loja, mesmo percentual de 2022, e 12% pelo app da loja escolhida (versus 15% em 2022).
Na pesquisa realizada pela Ipsos para o Google, a importância das lojas físicas também foi destacada de forma qualitativa pelos consumidores. Entre os que haviam feito compras de Natal nos dois dias anteriores à entrevista, os brasileiros apontaram preferir os estabelecimentos comerciais pelas oportunidades de encontrar bons negócios ou promoções (85%); pela diversão (78%); e por encontrarem nas lojas produtos que não estavam procurando originalmente (77%).
No total, a pesquisa Google Survey entrevistou 1 mil brasileiros, de todas as regiões e classes sociais. Já o estudo encomendado pelo Google à Ipsos ouviu 900 brasileiros, de todas as regiões e classes econômicas, em entrevistas realizadas entre outubro e novembro deste ano.
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