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Confiança do consumidor recua em dezembro após seis altas seguidas | SINCOPEÇAS

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Depois de uma sequência de seis altas, a confiança do consumidor brasileiro recuou em dezembro. O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), registrou 109 pontos em dezembro, queda de 1,8% em relação ao mês anterior. Porém, em comparação com o mesmo período de 2022, houve um aumento de 1,9%.

O resultado mensal negativo, segundo a ACSP, ainda não pode ser visualizado como uma mudança de tendência, uma vez que o INC permanece no campo otimista (acima de 100 pontos).

A pesquisa aponta redução na confiança do consumidor em quase todas as regiões do país, com exceção do Nordeste, onde o índice se manteve estável. No recorte por classes socioeconômicas houve, também, retração quase generalizada, com exceção das famílias pertencentes às classes D e E.

Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, explica que “em termos gerais, houve deterioração da percepção das famílias em relação à sua situação financeira atual e, principalmente, sobre a situação futura, com redução da segurança no emprego.”

A leve piora na confiança do consumidor refletiu na redução da proporção de entrevistados dispostos a comprar itens de maior valor, como carro e casa, bem como na porcentagem de famílias que desejam comprar bens duráveis, como geladeira e fogão.

Por outro lado, a disposição a investir apresentou leve aumento. Nos três casos, porém, as intenções de comprar e investir permaneceram majoritárias.

O economista da ACSP reforça que “ainda não se pode interpretar esse resultado como uma mudança de tendência, mas ele reflete provavelmente a desaceleração da economia, num contexto de elevado endividamento das famílias e juros ainda muito elevados.”

Apesar da deterioração da confiança observada em dezembro, esta permanece no campo otimista, o que, em conjunto com os aumentos de renda e de emprego, faz a ACSP projetar um crescimento das vendas do varejo de 1,9% em 2023.

A sondagem nacional do INC foi realizada com uma amostra de 1.750 famílias residentes em capitais e cidades do interior.

Fonte: Diário do Comércio – Imagem: Newton Santos/DC

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