Setor aéreo foi um dos líderes em reclamações em 2023

O setor aéreo foi um dos líderes em reclamações em 2023. Dados da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) mostram que há queixas de todos os tipos, do extravio de bagagens ao preço das passagens.

Foram 87.555 reclamações de consumidores sobre o setor aéreo, registradas somente de janeiro a novembro do ano passado.

As principais queixas são: a demora na devolução de valores pagos por passagens aéreas (15,24%); o descumprimento de ofertas (9,25%); o cancelamento de voos (8,87%); e o extravio de bagagem (7,27%).

Diante da quantidade de reclamações apresentadas sobre serviços aéreos, a Senacon decidiu criar um comitê técnico para ficar em contato frequente com as companhias, já a partir deste mês, e apresentar soluções, em um prazo de 60 dias, para os problemas relatados pelos passageiros.

Outra questão é o preço. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o preço médio das passagens aéreas no país foi de R$ 747,66 no ano passado, o maior desde 2010.

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Já a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) informou que 57,7% das passagens vem sendo vendidas por menos de R$ 500, mas admite alterações na alta temporada.

Segundo o diretor de proteção e defesa do consumidor, do Ministério da Justiça, a ideia é tornar mais efetivos os serviços prestados. “Nós precisamos de aprovação de leis mais modernas, de leis mais atuais, mas também abrir o mercado para novas empresas para que se tenha uma maior oferta e dessa maior oferta uma maior possibilidade, inclusive, de redução de valores nas passagens aéreas no Brasil”, afirma Vitor Hugo do Amaral.

Para amenizar o problema do custo das viagens, o governo pretende lançar até fevereiro o programa Voa Brasil, com passagens a R$ 200. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta terça-feira que a primeira fase do programa se destina a aposentados e alunos do Prouni.

“Com o Voa Brasil, a gente vai incluir mais 2,5 milhões de novos CPFs nesse programa, que vão ter a oportunidade de viajar através do programa”, disse o ministro.