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Por que a batata está cara? Entenda o aumento de quase 20% no preço | Hortifrútis

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O preço da batata ficou 19,09% mais alto em dezembro de 2023, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação de país. Os novos valores deixaram o consumidor ressabiado e curioso: afinal, o que causou a mudança no valor do produto?

João Paulo Bernardes Deleo, especialista do Centro de estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), lembra, em primeiro lugar, que a oferta de hortifrútis, oscila conforme as condições climáticas ao longo do ano. Desta forma, a precificação sofre variações já esperadas, em maior ou menor graus, a cada ciclo.

Desta vez, a interferência foi do aumento da incidência de chuvas, que afetou desde a safra de inverno e não foi compensada no início da colheita da safra das águas, em novembro.

Um fator a ser considerado especialmente para o mês de dezembro é o comportamento do consumidor.

“Assim como na Páscoa, no Ano Novo as receitas levam mais batata como acompanhamento, aumentando a demanda nas últimas semanas do ano e impulsionando os preços”, relata.

O pesquisador destaca ainda que as regiões brasileiras tiveram impactos variados com a chuva nos últimos meses e, por isso, o cultivo da batata sofreu em diferentes níveis tanto na quantidade produzida quanto na qualidade do tubérculo.

Por isso, apesar da média nacional de aumento de preço com relação a novembro/23 ter ficado em 19,09%, o índice variou entre as regiões

Veja quanto subiu o preço das batata na sua região:

  • Brasil, 19.09%
  • Belo Horizonte (MG), 29,15%
  • Campo Grande (MS), 27,77%
  • Rio de Janeiro (RJ), 26,77%
  • Goiânia (GO), 25,18%
  • Brasília (DF), 25,02%
  • Grande Vitória (ES), 22,05%
  • Aracaju (SE), 20,95%
  • Salvador (BA), 16,96%
  • São Paulo (SP), 16,63%
  • Curitiba (PR), 15,27%
  • Fortaleza (CE), 14,81%
  • Rio Branco (AC), 14,16%
  • São Luís (MA), 13,02%
  • Recife (PE), 12,41%
  • Belém (PA), 10,79%
  • Porto Alegre (RS), 10,07%.

O preço vai aumentar?

Agora, a boa notícia que o consumidor está esperando: o levantamento do Cepea destaca que, em janeiro, com a safra das águas já em ritmo forte e um aumento expressivo na oferta na Chapada Diamantina, o volume deve aumentar, e os preços voltarão a recuar.

“Porém, a desvalorização é gradual e os preços continuam sendo considerados elevados, resultado da diminuição das ofertas provenientes das praças sulistas”, diz o material do Cepea.

Isso porque houve finalização nas safras das águas na região de Curitiba (PR) e a oferta ficou abaixo do esperado no Rio Grande do Sul, Água Doce (SC) e Guarapuava (PR), que tiveram “buraco” no plantio, e, consequentemente, na oferta.



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