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Procura por crédito diminui – Consumidor Moderno

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Linhas de crédito consideradas ruins e caras fazem consumidor recuar da modalidade

As linhas de crédito consideradas ruins e caras estão fazendo com que as pessoas e empresas procurem menos esse recurso. Tanto é que a busca por crédito, em todo o Brasil, diminuiu 9,1% no acumulado do ano de 2023.

Esse é o menor registrado desde 2013, início da série histórica do Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito, da Serasa Experian. Trata-se do segundo ano consecutivo de declínio, vez que o índice registrou uma variação negativa de 3,1% em 2022.

O maior volume de busca por crédito foi observado em 2021, quando o indicador teve um aumento de 19,4%.

A queda em 2023 pode ser explicada pelas taxas pouco atrativas, impactadas pelo aumento da Selic, “além da inadimplência elevada, o que vem afastando os consumidores do mercado de crédito”, analisa Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.

Renda alta, procura diminui

A faixa de brasileiros com renda de até R$ 500 foi a que registrou a maior redução na procura por crédito, com um declínio de 11,4%. Conforme a renda aumenta, a redução na procura diminui. Por exemplo, o menor declínio acontece no grupo com maiores rendimentos, acima de R$ 10 mil, com uma redução de 7,1%.

Em relação aos estados brasileiros, todos registraram queda no índice no ano passado. A maior queda foi no Distrito Federal (-17,7%), seguida pelo Amapá (-17,5%) e Rio de Janeiro (-17%). Santa Catarina (-1,7%), Rio Grande do Sul (-3,8%) e Espírito Santo (-4,5%) apresentaram os menores recuos.

Os estados de São Paulo e Minas Gerais tiveram uma redução na demanda por crédito na casa de 7,3%.

Ainda conforme o estudo, 24% dos entrevistados que pretendiam comprar presentes de Natal planejavam gastar além de suas possibilidades. “A situação se torna preocupante quando 9% afirmaram que deixariam de pagar alguma conta para adquirir os presentes desejados”.

Cuidados com o orçamento

As principais sugestões do presidente do Instituto Geoc para evitar o endividamento são:

  1. Organização financeira: é imprescindível avaliar os gastos em família e cortar despesas, a fim de evitar novas dívidas.
  2. Priorizar as necessidades: considere imprevistos e despesas extras antes de assumir qualquer compromisso.
  3. Acompanhar de perto seus gastos e despesas: conhecer melhor seus hábitos e compreender onde seu dinheiro está sendo empregado é crucial. Atualmente, há diversas ferramentas no mercado que auxiliam nesse acompanhamento.
  4. Evitar parcelamentos excessivos: opte por formas de pagamento que não comprometam o futuro, evitando juros e parcelas muito longas.
  5. negociar débitos pendentes: Antes de realizar novas compras, busque quitar e renegociar suas dívidas, uma vez que elas podem acarretar multas e juros que se acumulam com o tempo, comprometendo cada vez mais sua renda.



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