Facilidade de compartilhamento, praticidade, preservação de informações, acessibilidade: estes são apenas alguns dos benefícios proporcionados pela digitalização de diferentes produtos e serviços antes acessíveis no formato físico. Mas o que fazer quando um destes objetos se transforma em um ícone capaz de marcar gerações e alavancar vendas mesmo na era digital?
Para a Avon, que ao longo dos anos, se notabilizou pelas suas famosas revistas repassadas pelos revendedores aos consumidores, a preservação deste valioso ativo físico, associada às estratégias de expansão digital, foi a melhor resposta. A manutenção das revistas faz parte de um conjunto de ações cujo objetivo é conectar a marca com os diferentes tipos de consumidores espalhados por todo o país.
Tanto no mundo físico quanto no digital, o termo inovação se tornou uma palavra de ordem para os objetivos da longeva empresa, presente no mercado brasileiro desde 1958. “Para sobreviver em um mercado tão competitivo como o mercado de cosméticos, você precisa inovar, tem que sair na frente, você precisa entregar ao consumidor um produto que ele nem imaginava precisar”, reflete Juliana Barros, Diretora executiva de Marketing e Comunicação da Avon Brasil, em bate-papo com o Clube Mundo do Marketing.
Opções diferentes para consumidores diferentes
Juliana define a Avon como uma empresa perene e oferece uma explicação plausível para justificar o título. “A empresa sempre esteve muito voltada a atender as necessidades de beleza das mulheres. Sempre existiu uma escuta muito grande por parte da empresa para ouvir os consumidores, entender suas necessidades e buscar soluções”, conta.
Ouvindo e observando os consumidores, a empresa percebeu a importância de manter a circulação de suas tradicionais revistas, mesmo em meio a toda a praticidade e rapidez ofertada pelo universo digital. “Existe uma demanda reprimida por folhear uma revista, vemos isso na prática. Então, a revista existe porque os consumidores têm o prazer de sentar e falar ‘deixa eu ver isso com calma’, especialmente nos momentos que eles querem relaxar um pouco”, completa.
Bem aceito pelo público, o modelo de ofertas e pedidos consolidado pelas revistas também foi adaptado ao universo digital, mais especificamente para o WhatsApp. “Os clientes recebem a revista via WhatsApp, escolhem produtos e sinalizam os pedidos no próprio aplicativo, indicam a quantidade para a consultora, ela passa o pedido e, muitas vezes, entrega na casa do próprio cliente”, continua a Diretora.
Outra parte importante para a estratégia digital da Avon é a parceria com influenciadores. Nesta frente, os cuidados no processo de seleção de parceiros são imprescindíveis para a veiculação de campanhas eficazes. “Eles [os influencers] têm que ter uma afinidade muito grande com os posicionamentos da marca. Precisam ter um discurso crível, compatível com o que nós queremos comunicar. Caso contrário, os consumidores serão os primeiros a perceberem que a parceria é mecânica, uma mera troca comercial”, ressalta.
Para a empresa, a amplitude formatos estratégicos voltados para diferentes públicos é um diferencial que contribui para o alcance de consumidores espalhados por todo o país. “Vivemos em um país extremamente diverso, enorme. A Avon chega a lugares que a gente nem pode imaginar, com suas revistas, então a venda porta a porta ainda é bastante forte, especialmente fora dos centros metropolitanos”, finaliza.
Leia também: De blogueiras à empresárias: quais são os nomes que mudaram o mercado de beleza,
Deixe uma resposta