Em novembro, os preços ao consumidor na China registraram a sua maior diminuição em três anos, evidenciando uma intensificação da deflação tanto entre os consumidores quanto nas fábricas, apontando para o aumento das pressões deflacionárias. Esse quadro é resultado da demanda interna enfraquecida, o que suscita questionamentos sobre a recuperação econômica.
Segundo informações publicadas no sábado passado (09) pelo Escritório Nacional de Estatísticas, o índice de preços ao consumidor na China apresentou uma redução de 0,5%, tanto em comparação anual quanto em relação a outubro. Este desempenho ficou aquém das expectativas médias de uma pesquisa conduzida pela Reuters, a qual previa quedas de 0,1% tanto em termos anuais quanto mensais. O declínio anual nesse índice representa a maior diminuição desde novembro de 2020.
Prédio do Escritório Nacional de Estatísticas da China (Foto: reprodução/Yicai Global)
Economia chinesa
Esses dados se acrescentam aos recentes relatórios comerciais e pesquisas de manufatura, intensificando as preocupações acerca da demanda por mais apoio político para sustentar o crescimento econômico. Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit, identifica três fatores-chave por trás dessas inquietações: a diminuição dos preços globais de energia, a redução nas atividades do setor de viagens de inverno e um persistente excesso de oferta.
A China enfrenta obstáculos econômicos, incluindo o crescimento da dívida do governo local, dificuldades no mercado imobiliário e uma demanda moderada tanto a nível doméstico quanto internacional. Os consumidores chineses têm adotado uma abordagem cautelosa em relação aos gastos, influenciados pelas incertezas associadas à recuperação econômica.
A fragilidade da economia chinesa gera apreensão nos mercados, sobretudo diante da relevância do país como um dos principais destinos para as exportações brasileiras, em especial de commodities. O índice de preços ao consumidor foi divulgado após o encerramento das atividades nos mercados do Brasil e dos Estados Unidos.
Preços e produtores
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Impacto na Leitura: A leitura foi impactada pela redução nos preços da energia, revertendo o aumento anual registrado no mês anterior, de acordo com Dong Lijuan, estatístico sênior do departamento de estatísticas;
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Energia: Os preços da energia caíram 1,3% em relação ao ano anterior em novembro, comparados a um aumento de 1,2% em outubro;
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Não-Alimentícios: Isso resultou em um crescimento de apenas 0,4% nos preços dos não-alimentícios em novembro, em comparação com 0,7% em outubro;
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Alimentos: Os preços dos alimentos na China diminuíram 4,2% em novembro, em comparação com uma queda de 4,0% em outubro;
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Carne Suína: Os preços da carne suína registraram uma queda de 31,8% em relação ao ano anterior em novembro, após uma redução de 30,1% em outubro.
Ao mesmo tempo, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) da China registrou uma queda de 3,0% em comparação com o ano anterior, marcando um aumento em relação à redução de 2,6% observada em outubro. Essa variação superou as expectativas dos economistas, que projetavam uma diminuição de 2,9% no PPI em relação ao ano anterior. No que diz respeito ao desempenho mensal, o PPI chinês apresentou uma queda de 0,3% em novembro, após permanecer inalterado em outubro.
Foto Destaque: pessoa com a bandeira da China (Reprodução/elEconomista)
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