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Consumidor é sensível a preço, mas está disposto a comprar | Empresas

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Levantamento leva em conta os critérios decisivos na hora da compra — Foto: Hermes de Paula/Agência O Globo

Em sua 14ª edição, o projeto ‘Marcas dos Cariocas’ apresenta produtos e serviços mais admirados na cidade. Levantamento revela um consumidor sensível a preço, mas disposto a consumir.

No ano em que a inflação deu trégua no orçamento e que o mercado de trabalho voltou a se recuperar, algumas empresas conseguiram captar melhor o momento e conquistar a admiração de quem vive no Rio de Janeiro. Em sua 14ª edição, o projeto “Marcas dos Cariocas” mostra em 40 categorias os produtos e serviços que mais se destacaram ao longo do ano. A lista completa de vencedores e as reportagens da revista estão disponíveis no aplicativo do Valor.

O projeto é um retrato das mudanças no comportamento do consumidor. Agora familiarizado com as compras pela internet, por aplicativos ou WhatsApp, o carioca aprendeu a comparar preços como parte do processo de compra. Na prática, isso significa que busca o valor justo pelo produto, seja ele um item popular ou voltado para a alta renda, compatível com a qualidade do produto.

O tema preço segue sendo um desafio. Não dá para abrir mão, independentemente da entrega de valor ou do perfil do público, afirma Cecília Troiano, diretora-geral da Troiano Branding, responsável pela pesquisa, feita em parceria com O Globo.

Para listar os favoritos de quem vive no Rio, o levantamento leva em conta cinco dimensões do consumo ou critérios decisivos na hora da compra: a qualidade – o item mais relevante -, o respeito ao consumidor, o preço, a evolução e a identidade (combina comigo).

O brasileiro em geral e o carioca em particular gostam do que chamo “marca Sherazade”: tem sempre uma história nova para contar. A evolução é o caminho para que uma marca se mantenha sempre relevante, avalia Troiano.

Em um ano marcado pela crise de confiança em algumas marcas consagradas, o consumidor passou a valorizar ainda mais a qualidade do atendimento, o que vale tanto para o “olho no olho” como para a compra a alguns cliques de distância.

Para as empresas, uma das estratégias centrais é dobrar a aposta na tecnologia, sobretudo na inteligência artificial. A proposta é antecipar tendências, desejos e mostrar aquilo que o consumidor nem havia se dado conta de que precisa ou de que gostaria de levar para casa.

O brasileiro em geral e o carioca gostam do que chamo ‘marca Sherazade’, que tem história para contar”

— Cecília Troiano

Entre as marcas escolhidas como “A cara do Rio”, um ponto em comum é que elas se inspiram no estilo de vida do carioca para fazer dele uma vitrine para sua atuação internacional.

O levantamento deste ano traz ainda uma nova categoria, a de Escolas Particulares. No ano passado, a pesquisa já havia incluído os Meios de Pagamento, aspecto que se tornou crucial com relações de consumo cada vez mais digitais.

A pesquisa é feita em duas etapas. Na primeira, os entrevistados identificam as marcas espontaneamente dentro de cada categoria, sem apresentação de qualquer recurso visual. Foram 2.184 entrevistas, com uma média de respostas de 530 para cada categoria.

No passo seguinte, cada participante foi exposto em um sistema de rodízio a cinco categorias, de modo que as marcas fossem exibidas equitativamente. Elas foram apresentadas sem a logomarca, e o entrevistado avaliava aquelas que conhecia, mesmo que só de ouvir falar. O resultado é uma lista de produtos e serviços que conseguiram refletir melhor o estilo de vida, os desejos e necessidades de quem vive no Rio.



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