Sem suprir necessidades básicas, como alimentação e higiene, não é possível ser eficiente, produtivo ou ter amplas perspectivas para a própria vida. Esse é um fato que o bom senso não permite questionar. Mas como essa perspectiva está refletida no consumo? O estudo que dá origem ao reconhecimento Empresas que Mais Respeitam o Consumidor mostra que o padrão de consumo no Brasil bastante básico, ou seja, tem mais familiaridade, recorrência de consumo e reconhece com mais facilidade marcas de segmentos como alimentação e higiene.
Esse é, para Jacques Meir, diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão, o aspecto de destaque do estudo. “O consumo no Brasil é predominantemente basal e reflete a realidade de um país de renda média, onde 75% da população ganham entre US$ 2 e US$ 32 ao dia”, detalha. Além disso, ele destaca que, embora haja centros de excelência no consumo, há uma necessidade geral de melhoria. “Uma vez que cada decisão de consumo é muito valiosa perante à renda do consumidor brasileiro, não há espaço para que as empresas cometam erros”, reflete.
Mas o desempenho geral das empresas vem caindo nos últimos anos, com a média geral do estudo caindo de 9,23 para 8,23 em três anos. Isso indica que os consumidores estão se tornando mais exigentes e seletivos e as empresas não estão acompanhando essa evolução. A perspectiva não está restrita a classes sociais específicas ou determinadas gerações. Ao contrário, os recortes do estudo permitem concluir que essa realidade impacta todos os perfis de consumidores brasileiros – alguns, mais; outros, menos.
A pesquisa, realizada pela Opinion Box, envolveu mais de 2.050 pessoas, abrangendo diferentes perfis de brasileiros. Os entrevistados avaliaram empresas em seis segmentos diferentes, com foco em atributos como qualidade e variedade de produtos, preços justos, resolução de necessidades e reclamações, atendimento ágil e omnicanal, comunicação clara e transparente, inclusão e acessibilidade, apoio a causas sociais, inovação e experiência digital.
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