Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Com o excesso de calor e temperaturas muito acima da média, o Brasil e outros países enfrentaram uma demanda maior por energia em 2023, uma tendência que deve se manter neste ano e que vai deixar mais cara a conta de luz para o consumidor.
A prevenção de blecautes dependerá do acionamento de termelétricas, que produzem energia mais cara e o impacto dessas medidas será sentido diretamente pelos consumidores, com possíveis aumentos na conta de luz.
Excesso de calor pode deixar mais cara a conta de luz?
Vários fatores podem contribuir para um aumento na conta de luz, incluindo a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e os custos de transmissão.
Além dos custos crescentes associados às termelétricas, a Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace), estima que a alta na tarifa pode ser de 6,58% em média.
No entanto, os ajustes individuais para cada distribuidora e nível de tensão podem variar.
De que maneira o uso de créditos de PIS/Cofins pode impactar o reajuste?
Algumas distribuidoras podem optar por utilizar créditos de PIS/Cofins para conter o aumento, uma prática que já é adotada por alguns estados.
No entanto, o impacto real desses créditos na conta de luz ainda não é totalmente claro, já que algumas distribuidoras já usaram todo o crédito disponível.
Os reservatórios estão com uma grande quantidade de água, isso pode ajudar?
Embora os reservatórios estejam cheios, o que seria um fator positivo, as altas temperaturas fazem com que a demanda por energia seja maior.
Portanto, mesmo com o potencial para produzir energia através de fontes renováveis, como a hidrelétrica, o país poderá ter que recorrer às termelétricas mais caras para atender a essa demanda.
O que dizem os especialistas?
Os especialistas alertam que o impacto do calor prolongado na conta de luz será sentido pelos consumidores.
Além de encarecer as contas, as medidas tomadas para prevenir blecautes podem beneficiar determinados geradores de energia, mas quem acabará pagando será o consumidor.
Em última análise, a necessidade de avançar na agenda de fontes de energia mais limpas se tornou ainda mais evidente.
Fonte: Isto É
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