O dólar saltava em relação ao euro e atingiu a maior cotação em um mês em relação ao iene nesta quinta-feira, depois que dados mostraram que a inflação dos preços ao consumidor nos Estados Unidos ficou acima das expectativas em dezembro, levantando algumas dúvidas sobre se o Federal Reserve cortará as taxas tão cedo quanto os investidores esperam.
O índice de preços ao consumidor subiu 0,3% no mês passado, registrando um ganho anual de 3,4%. Esperava-se que esses aumentos fossem de 0,2% e 3,2%, respectivamente.
“Os detalhes do relatório darão uma pausa para as autoridades do Fed que estão mais otimistas”, disse Adam Button, analista-chefe de câmbio da ForexLive, em Toronto.
Os operadores estão precificando expectativas agressivas de cortes nas taxas de juros este ano, com expectativa de que o Fed comece a reduzir as taxas em março.
As chances de uma redução em março, no entanto, caíram de 67% na quarta-feira para 65%, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
Os operadores esperam que o banco central dos EUA afrouxe as condições monetárias à medida que a economia do país se enfraquece e a inflação se aproxima novamente da meta anual de 2% do Fed.
Mas os dados de quinta-feira mostram que isso pode não ocorrer tão rapidamente quanto alguns esperam.
O índice do dólar DXY –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,18%, a 102,520.
O euro EURUSD tinha queda de 0,18%, a 1,0951 dólar, que ao mesmo tempo avançava 0,05%, a 145,81 ienes USDJPY.
A libra GBPUSD devolvia 0,11%, a 1,2725 dólar, que por sua vez ganhava 0,31%, a 0,8534 franco suíço USDCHF.
O dólar australiano AUDUSD, muitas vezes tido como uma “proxy” de demanda por risco, desvalorizava-se 0,37%, a 0,6673 dólar norte-americano.
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447723))
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