No início do ano, com mais trabalhadores buscando vagas de emprego ou oportunidades de renda extra, fraudadores têm se aproveitado para aplica o “golpe do falso emprego”. Criminosos têm intensificado a disseminação de mensagens em aplicativos e redes sociais, e oferecido às vítimas uma oportunidade para ganhar dinheiro rápido e de forma fácil.
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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que em geral os fraudadores oferecem remuneração em troca da realização de tarefas simples na internet, como curtir fotos, fazer comentários e seguir contas de empresas e lojistas nas redes sociais.
Conhecido como “golpe do falso emprego” ou “golpe da renda extra”, a vítima recebe uma mensagem em seu aplicativo de mensagem no celular. O bandido se apresenta como um funcionário de uma empresa de marketing digital que está selecionando interessados para trabalhar de maneira online.
Remuneração
A promessa é ajudar comerciantes a melhorarem o reconhecimento e a exposição de seus produtos na internet e que a atividade principal do trabalho é fazer pequenas tarefas diárias. Oferecem ganhos que podem começar de R$ 100 e chegar até R$ 1.500 por dia.
Ao aceitar a proposta, o participante é incluído em um grupo de mensagens. No começo, o usuário faz as tarefas e o golpista até deposita dinheiro na conta da vítima para gerar credibilidade, mas sempre em valores baixos.
Até o momento quando chega uma tarefa em que é preciso pagar para poder participar. O golpista alega que o participante irá recuperar o dinheiro no mesmo dia. Outras pessoas que estão no grupo mandam comprovantes de pagamentos recebidos após a realização das tarefas e assim induzem a vítima a continuar no esquema. Essas tarefas pré-pagas têm valores mais altos. Por exemplo, dizem que é preciso fazer um pré-pagamento de R$ 1.000, para receber no mesmo dia um valor de R$ 1.500.
“No começo parece ser uma oportunidade de ganhar dinheiro de forma fácil. Os golpistas até pagam as comissões das primeiras tarefas, até que oferecem uma tarefa pré-paga com promessa de ganhos elevados. E é neste momento que aplicam o golpe. Bloqueiam o usuário do grupo e somem, levando a vítima a ter um grande prejuízo financeiro”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
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No caso de o cliente ter sido vítima de algum crime, ele deve notificar imediatamente seu banco para que medidas adicionais de segurança sejam adotadas, como bloqueio do app e senha de acesso. Quanto mais rápido fizer a comunicação, maior será a possibilidade de recuperação do valor junto a outros bancos. Também deve fazer um boletim de ocorrência.
Como se proteger
- Desconfie de proposta de trabalho que você tenha que pagar antes de receber o dinheiro;
- Não acredite em promessas de vantagens exageradas;
- Jamais deposite dinheiro na conta de quem quer que seja com a finalidade de garantir uma oportunidade ou um negócio;
- Não pague para realização de exames de admissão ou outras etapas de contratação;
- Não fala depósitos para realizar tarefas para o contratante;
- Verifique o número que está enviando a mensagem;
- Busque mensagens semelhantes em redes sociais e tente verificar se são associadas a golpes;
Ações dos bancos
A melhor forma de se proteger de uma tentativa de golpe é a informação. Por isso, para que o cliente possa se proteger de golpes de engenharia social – que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões, ou faça transações financeiras em favor de quadrilhas de criminosos.
Além da realização de campanhas educativas, os bancos investem cerca de R$ 3,5 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança – valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com TI para garantir a tranquilidade de seus clientes em suas transações financeiras cotidianas.
Os bancos dizem que atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos virtuais.
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