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No Brasil, influenciadores digitais redefinem vínculos entre marcas e consumidores

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O país viu surgir uma nova era. Criadores de conteúdo, plataformas e estratégias digitais desempenham um papel crucial na formação de opiniões, tendências e influência sobre as massas. Explorar esse cenário ajuda compreender não apenas a expansão exponencial das redes sociais e a crescente participação de influenciadores, mas também os desafios éticos. Além disso, nos mostra a dinâmica das relações virtuais e a transformação dos modelos de negócio diante desse panorama em constante evolução.

A sinergia entre marcas e influenciadores digitais no Brasil

As marcas, conscientes desse novo paradigma, encontraram nos influencers parceiros estratégicos para amplificar suas mensagens, alcançar nichos específicos e estabelecer laços mais significativos com os consumidores. Neste cenário de interações digitais cada vez mais valorizadas, surge uma dinâmica de colaboração entre marcas e influenciadores, na qual as deficiências e a transparência são moedas de troca essenciais.

Prova disso é que, ainda de acordo com o estudo da MindMiners e YOUPIX, a estratégia aproveita a conexão emocional dos influenciadores com seu público para impulsionar marcas. No país, 84% dos entrevistados já viram algum influenciador fazer publicidade ou indicar algum produto nas redes sociais e canais digitais. Além disso, as cinco marcas mais vistas em menções são O Boticário, Natura, Samsung, Avon e Blaze. O top 5 conta com três marcas de cosméticos, uma de eletrônicos e uma de apostas. Ainda segundo a pesquisa, 51% dos respondentes afirmam que sempre se lembram mais dos anúncios/publicidades que têm influenciadores, e 46% dizem que se um produto/uma marca é usado por influenciadores sentem confiança em usar também.

Tendências e desafios no universo das parcerias entre marcas e influenciadores no Brasil

Explorar a complexidade desse relacionamento entre marcas e influenciadores digitais no Brasil nos ajuda não apenas a compreender os mecanismos de colaboração, mas também examinar o impacto dessa parceria na percepção do consumidor e nas estratégias de branding. Segundo um estudo “Dados e insights de influencer de Marketing no Brasil para 2024”, da Influency.me, 54% das marcas investiram em marketing de influência em 2023. O gerenciamento desse investimento aconteceu da seguinte forma:

  • 50% gerenciam a estratégia internamente, com profissionais compartilhados, que também executam outras funções;
  • 32% gerenciam internamente, com profissionais exclusivos para a função;
  • 18% gerenciam externamente, contratando uma agência especializada.

Além disso, quando perguntadas sobre os desafios com a estratégia, 69% das marcas citaram a busca pelo influenciador ideal, 48% justificaram com o objetivo de gerar bons resultados e 42% indicaram a coleta de métricas. Esses fatores estão diretamente relacionados ao não uso de um software especializado, que pode automatizar todos esses processos.

Influenciadores digitais, contratar ou não contratar?

O estudo mostra ainda que, no Brasil, a periodicidade das marcas na contratação de influenciadores digitais aumentou de 2022 (59%) para 2023 (82%). Além disso, as marcas estão cada vez mais apostando na capilaridade das ações e na construção de campanhas com um maior número de perfis. 38% delas contratam de seis a 10 perfis; 32% contratam até cinco perfis; já outras 18% escolhem de 21 a 50 perfis.

No Brasil, caso o resultado da campanha com o influenciador digital seja positivo, 61% das marcas afirmam contratar a mesma pessoa para novas campanhas. Já outros 32% preferem manter um contrato longo. Por outro lado, 7% das empresas afirmam não contratar o mesmo influenciador mais de uma vez. Quanto aos influenciadores, 74% dos afirmam que propostas de parceria pontuais são mais frequentes. Porém, 70% deles acreditam que a parceria de longo prazo é mais eficaz. Por outro lado, algumas marcas do Brasil preferiram não optar pela relação com influenciadores digitais. Entre os motivos está a preferência por outras formas de mídia, falta de budget e uma experiência ruim.

Valores investidos em 2023 x pretensão de investimentos em 2024

Em 2024, a grande maioria pretende aumentar os valores investidos em campanhas anuais com influenciadores digitais (68%). Enquanto isso, outras vão manter o investimento de 2023 (29%), e algumas pretendem diminuir (3%).

O seguidor compra do influenciador?

A pesquisa feita pela MindMiners com a YOUPIX aponta que seis em cada 10 seguidores já compraram produtos recomendados por influenciadores digitais. Além disso, o tamanho do perfil não é fator determinante para os consumidores. 73% afirmam que um influenciador é alguém capaz de promover ideias e influenciar opiniões e comportamentos de seus seguidores, independentemente da quantidade de seguidores que possua.

“Essa é para nós uma característica que reforça que o conteúdo é a base da influência. São os criadores de conteúdo que estão solidificando a influência brasileira, a partir da genuína interação com suas audiências. Isso não é pouco, é o começo de uma revolução”, destaca Rafa Lotto, sócia e Head da YOUPIX no Brasil.

Além disso, o conteúdo é um fator determinante para converter um seguidor em comprador. Para 49% dos entrevistados, o conteúdo do dia a dia é o formato preferido, seguido por dicas (44%) e caixas de perguntas em stories (37%). O estudo mostra ainda que a conversão depende também de outros fatores. 67% dos entrevistados afirmam pesquisar a fundo sobre o produto ou serviço recomendado antes de efetuar a compra, enquanto apenas 16% compram instantaneamente ao visualizar o post patrocinado do influenciador.

“Vale ressaltar também que a pessoa pode ser influenciada e não comprar imediatamente. É possível que em um primeiro momento ela veja o post de indicação, e só alguns dias depois decida comprar, e não necessariamente pelo link indicado pelo influenciador. Para se ter uma ideia, o estudo detectou que somente 20% dos respondentes compram diretamente pelo link do influencer. O produto é adquirido por conta da indicação, mas majoritariamente por canais como marketplaces (49%), diretamente no site das marcas (34%) e em lojas físicas (33%)”, pontua Flávia Rodrigues, especialista da MindMiners.





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