A exposição de marcas na TV e nos grandes palcos sempre foi muito importante para o crescimento de uma empresa. Logo, uma marca dentro de um programa tão grande como BBB, alcança mais vertentes de visibilidade e identificação com o produto, se comparada a um “simples” comercial. Não é à toa que as marcas buscam logo fechar os contratos de patrocínio quando uma edição termina.
Para Rodrigo de Aquino, comunicólogo e especialista em felicidade e bem-estar e fundador do Instituto Dignamente, é possível extrair aprendizados em cada episódio do programa, sejam eles conversas, enfrentamentos, resiliência nas provas, adaptabilidade na xepa ou na falta de camas. A flexibilidade diante dos diferentes mostra que o programa é feito de relações humanas.
Estar inserido nesse universo, faz com que as marcas se tornem mais próximas do consumidor e possam gerar conversas reais. “O BBB dita os temas que serão abordados durante sua exibição. Ele já foi responsável em trazer à tona temas como machismo, racismo e positividade tóxica, por exemplo. Ao mesmo tempo, os participantes também trazem exemplos positivos como tolerância, comunicação não violenta, resiliência e coragem”, afirma Rodrigo.
Algum risco para as marcas?
Rodrigo de Aquino reforça que a lição mais importante do BBB é a autenticidade. Pessoas naturais, sinceras e transparentes foram as que tiveram vida longa dentro do programa e, principalmente, fora dele. Pessoas manipuladoras avançaram no jogo e ganharam dinheiro fora da casa, mas essa não é a regra. Com medo de perder apoio das marcas, muitos têm buscado trilhar o caminho para conquistar contratos e fazer carreira após o programa.
Sabendo disso, as marcas ganham mais confiança ao investir tantos milhões na visibilidade durante o reality show. “BBB é um programa que desperta paixões. Logo mais veremos o Brasil com novos bordões, novos estilos de cabelo e novos adereços ou estilos de roupa. Conforme o público for se identificando com o perfil de cada participante, veremos estilos sendo reproduzidos nas redes sociais e nas ruas de norte a sul, com impacto nas lojas e gôndolas de todo o país”, aponta Rodrigo.
Este ano, o programa conta com 15 patrocinadores fixos e mais quatro que estão atreladas às dinâmicas. O valor das cotas superaram a marca de R$ 1 bilhão. Entre os nomes das marcas estão Ademicon, Amstel, Chevrolet, Cif, Downy, Esportes da Sorte, Hypera Pharma, iFood, Latam, Mc Donald’s, Mercado Livre, Pantene, Rexona, Seara e Stone.
Além delas, a Nestlé e a Delícia patrocinarão o Tá na Mesa, um grupo que ganha a vantagem de comer o que quiser no programa. O Cine BBB é uma atração patrocinada pela Oi Fibra. Dessa vez, o cinema será exibido para a toda a casa. Por fim, a rede social Kwai patrocina a Turbinada do Líder, onde o líder escolhe como enriquecer ainda mais a festa.
A Globo não divulgou qual pacote foi fechado por cada marca, mas para investir no programa é preciso desembolsar entre R$ 20,6 milhões e R$ 114 milhões. A Cota Big, considerada a mais cara, custou R$ 114 milhões para os patrocinadores. É ela que garante exposição em todas as mídias onde o BBB 24 estará. A Cota Camarote, que dá um pouco menos de exposição na TV aberta, mas presença mais forte no digital, custou R$ 87,4 milhões. Já a Cota Brother, garante uma ação exclusiva durante um momento específico do programa e foi comercializada por R$ 20,6 milhões.
Leia também: Entretenimento, experiência e conexão com a GenZ: a importância do BBB23 nas estratégias da Amstel
Deixe uma resposta