Produtos utilizados para ceia de Ano Novo podem ter variação de mais de 90%, quando comparado os itens no local mais barato com o mais caro, segundo a pesquisa realizada pelos Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza).
Um grupo que tem alta variação são de aves, suínos e peixes. Os que estão com maior variação são bacalhau, pernil, ave chester e peru. O bacalhau lidera com 84,08%, indo de R$ 124,89, na Maraponga, a R$ 229,90, no Meireles. O pernil está com diferença de 80,56%, indo de R$ 20,99, no Jangurussu a R$ 37,90, no Passaré.
A ave chester mostra variação de até 51,04%, custando R$ 24,49, no Meireles e R$ 36,99, no Jacarecanga. O peru é o que traz menor diferença, 48,11%, sendo encontrado por R$ 23,49, no Centro e R$ 34,79, no Jacarecanga.
No quesito bebidas para celebrar a virada, entre os espumantes, o preço do mesmo produto com a mesma marca pode variar até 77,72%, custando uma garrafa de 750ml, R$ 66,28, na Maraponga, a R$ 117,79, na Messejana.
Já a garrafa de vinho, o produto de 750ml, da mesma marca, pode variar até 92,12%, indo de R$ 4,79, no Edson Queiroz, a R$ 14,39, no Jacarecanga.
Em relação a itens para o preparo de pratos, a maior variação de preço é do Azeite de Oliva Extra Virgem 500ml com variação de 43,35%, sendo o menor valor no Edson Queiroz R$ 39,90. Entre a variação das castanhas e frutos oleaginosos, a castanha de caju torrada apresentou 55,19%,sendo o valor mais baixo no Jangurussu, R$ 10,69.
O economista Alex Araújo diz que a maioria dos produtos típicos das festas de fim de ano não está na cesta de consumo cotidiano do fortalezense. “Isso significa que, para muitos consumidores, a referência de preço não é usual. Essa falta de referência pode abrir espaço para a especulação, pois os comerciantes podem aproveitar a desinformação dos consumidores para aumentar os preços de forma artificial”.
Além disso, ele analisa que o crescimento da demanda por esses produtos nessa época do ano também contribui para a alta dos preços. Isso ocorre porque os comerciantes sabem que terá quem invista mais dinheiro nesses produtos, mesmo que os preços sejam altos.
Araújo ainda reforça que as diferenças de preços entre estabelecimentos e bairros refletem a combinação desses dois fatores. “Em geral, os supermercados localizados em bairros de classe alta apresentam preços mais altos do que os supermercados localizados em bairros de classe média ou baixa. Isso ocorre porque os consumidores de classe alta estão dispostos a pagar mais”, observa.
Para o presidente do Procon Fortaleza, Wellington Sabóia, há tendência de aumento de preços com a proximidade das comemorações de fim de ano. “Uma boa opção é optar pela compra em aplicativos que oferecem descontos e promoções”, orienta o presidente, alertando ainda que o consumidor deve exigir sempre o cumprimento da oferta e, se houver divergência entre o preço anunciado e o valor cobrado no caixa do supermercado, o consumidor possui o direito de pagar o menor valor.
Araújo reitera o titular do Procon e informa que diante dessa realidade é importante que os consumidores estejam atentos às variações de preços e façam uma pesquisa antes de comprar. “É também importante comparar preços entre diferentes supermercados, pois as variações podem ser significativas mesmo entre lojas localizadas na mesma região”, finaliza.
O levantamento do procon foi realizado entre os dias 13 e 15 de dezembro, nas doze regionais de Fortaleza, e traz ainda preços de 59 produtos, entre queijos, panetones, vinhos e espumantes, bem como as tradicionais carnes de aves, suínos e peixes.
Recomendações para economizar com a ceia de fim de ano
– Faça uma pesquisa antes de comprar.
– Compare preços entre diferentes supermercados.
– Lembre-se que existem alternativas mais baratas.
– Prepare as próprias farofas e molhos.
Fonte: Alex Araújo, economista
Denuncie preços abusivos e anúncios irregulares
Denúncias podem ser realizadas no Portal da Prefeitura de Fortaleza (www.fortaleza.ce.gov.br), no campo defesa do consumidor e, também, pelo aplicativo Procon Fortaleza e ainda pela Central de Atendimento ao Consumidor 151.
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