A era digital transformou os hábitos de consumo e, no cenário educacional, as papelarias online surgem como protagonistas durante o período de volta às aulas. Na busca por praticidade e comodidade, os consumidores têm recorrido ao e-commerce para as compras de materiais escolares. Nesse cenário, houve um movimento significativo para pequenos e médios varejistas online. Segundo dados recentes da NuvemShop, o faturamento atingiu R$ 1,4 milhão nos primeiros dias do ano. O valor representa um aumento de 8% em comparação com o mesmo período de 2023.
O levantamento revela que foram comercializados 19,5 mil itens, sendo os mais procurados: planners, agendas, calendários e cadernos. Apesar de o início do ano ser tradicionalmente menos movimentado no varejo, devido às festividades e aos pagamentos de impostos, o setor de papelaria continua apresentando resultados sólidos. Com o retorno às aulas programado para a segunda quinzena de janeiro e início de fevereiro, a competitividade de preços no varejo online e a conveniência de comprar sem sair de casa têm atraído cada vez mais alunos e familiares.
O ticket médio por compra foi de R$ 230, sendo o cartão de crédito o meio de pagamento mais utilizado, representando 45%, seguido pelo Pix, com 42,5%. Nas redes sociais, o Instagram destacou-se como a plataforma que mais converteu vendas para o e-commerce de papelarias, alcançando 95%, seguido por Facebook (2,5%) e Youtube (1,5%).
Entre os estados com maior faturamento em papelarias, São Paulo surge na primeira colocação, com uma arrecadação de R$ 514 mil. Em seguida, aparece Santa Catarina, com R$ 378 mil, e o Rio de Janeiro, com R$ 117 mil, completando o top 3. Minas Gerais (R$110,5 mil) e o Espírito Santo (R$65 mil) fecham a lista. O levantamento da NuvemShop analisou as vendas de pequenas e médias lojas de papelaria online brasileiras no período de 1º a 14 de janeiro de 2023 e 2024.
Os números promissores do e-commerce brasileiro
Nos últimos anos, o cenário do varejo no Brasil passou por uma transformação significativa impulsionada pela ascensão das tecnologias digitais. Um dos fenômenos mais notáveis nesse contexto é o crescimento do número de lojas online no país. A revolução digital desencadeou uma mudança de paradigma nas práticas de consumo, levando empresas de todos os setores a reavaliar suas estratégias e se adaptarem a uma realidade cada vez mais virtual.
Nesse contexto, o comércio eletrônico emergiu como um protagonista e conquistou consumidores que buscam conveniência, variedade de produtos e experiências de compra personalizadas. O Brasil, com sua população jovem e conectada, tornou-se um terreno fértil para essas plataformas virtuais, que vão desde gigantes do varejo global até empreendedores locais que encontraram nas vendas online uma oportunidade de expansão e alcance.
Dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) mostram que, nos últimos 10 anos, o número de lojas online saltou de 166.178 em 2013 para 610 mil em 2023. Além disso, segundo o relatório da Mastercard SpendingPulse, um indicador de vendas no varejo, que inclui pagamentos de todos os tipos em uma série de mercados globais, o e-commerce brasileiro passou por um crescimento de 75% em 2020 se comparado ao ano anterior. O início do isolamento social, provocado pela pandemia de Covid-19, pode ser considerado o principal motivo para esse salto.
Ainda sobre o crescimento do e-commerce no período pandêmico, um estudo da Ebit/Nielsen, feita em parceria com a Elo, mostrou que, ao ser decretado o isolamento social, as vendas online subiram 47% nos primeiro seis meses de 2020, quando a projeção era que esse crescimento fosse de 18%. Ao todo, foram 90,8 milhões de pedidos entre janeiro e junho daquele ano, que resultaram em R$ 38 bilhões.
Dados recentes da ABComm mostram que o brasileiro segue fiel às compras feitas no comércio virtual. Prova disso é que os indicadores do e-commerce mostram que, só em 2023, foram feitos mais de 395 milhões de pedidos em plataformas online. Os consumidores somam um número superior a 87 milhões, com um ticket médio de consumo de R$ 470. Além disso, o levantamento mostra ainda que a classe C (54,5%) representa o maior número de compradores no digital, e 55% das compras são feitas por dispositivos mobile.
E os números seguem promissores. Para 2024, a estimativa é que e-commerce brasileiro fature mais de R$ 204 bilhões, com 414 milhões de pedidos, feitos por 92 milhões de consumidores a um ticket médio de R$ 492. Até 2028, o faturamento do varejo digital deve subir para R$ 277 bilhões, e o número de clientes também deve evoluir, alcançando 107 milhões de compradores online.
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